terça-feira, 1 de outubro de 2013

Clássicos da Literatura Mundial - parte 2




A Cidade do Sol, obra mais popular de Tommaso Campanella escrita em 1623, que descreve aqui sua visão de uma cidade ideal. Nesse exercício, ele projeta uma sociedade utópica, naturalista e guiada por princípios divinos, onde propriedade privada e família não poderiam existir, uma vez que para Campanella, os bens individuais deveriam estar a serviço da coletividade.
Na obra, o autor sugere esse modelo de sociedade segundo suas convicções e apoiado em filósofos como Aristóteles,Platão, Sócrates e vários teólogos do cristianismo.Ainda jovem ingressou na Ordem dos Pregadores, dedicando-se aos estudos de filosofia. Em 1599, Campanella foi preso por ordem do governo espanhol sob acusação de heresia e conspiração. Embora jamais tivesse confessado nenhuma das acusações, esteve preso na prisão de Nápoles durante 27 anos. Posto em liberdade no ano de 1626, foi novamente preso e levado diante do Santo Ofício em Roma, onde enfrentou julgamento por certas proposições em seu trabalho que eram consideradas suspeitas.



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Fausto (em alemão Faust) é um poema trágico do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, dividido em duas partes. Está redigido como uma peça de teatro com diálogos rimados, pensado mais para ser lido que para ser encenado. É considerado uma das grandes obras-primas da literatura alemã.
A criação da obra ocupou toda a vida de Goethe, ainda que não de maneira contínua. A primeira versão foi composta em 1775, mas era apenas um esboço conhecido como Urfaust (Proto-Fausto). Outro esboço foi feito em 1791, intitulado Faust, ein Fragment (Fausto, um fragmento), e também não chegou a ser publicado.
A versão definitiva só seria escrita e publicada por Goethe no ano de 1808, sob o título Faust, eine Tragödie (Fausto, uma tragédia). A problemática humana expressada no Fausto foi retomada a partir de 1826, quando ele começou a escrever uma segunda parte. Esta foi publicada postumamente sob o título de Faust. Der Tragödie zweiter Teil in fünf Akten (Fausto. Segunda parte da tragédia, em cinco atos) em 1832.



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Em Busca do Tempo Perdido (do francês "À la recherche du temps perdu") é uma obra romanesca de Marcel Proust escrita entre 1908-1909 e 1922, publicada entre 1913 e 1927 em sete volumes, os três últimos postumamente.
Pelas suas ambições (alcançar a substância do tempo para poder se subtrair de sua lei, a fim de tentar apreender, pela escrita, a essência de uma realidade escondida no inconsciente “recriada pelo nosso pensamento”), sua desproporção (quase 3500 páginas na coleção de bolso), e sua influência em trabalhos literários e nas pesquisas a vir (Proust é considerado como o primeiro autor clássico de seu tempo), "Em busca do tempo perdido" se classifica entre as maiores obras da literatura universal.
A tradução brasileira foi feita por Mário Quintana, o primeiro volume em 1948, o segundo em 1951 e os demais durante a década de 1950.



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O Retrato de Dorian Gray (no original em inglês, The Picture of Dorian Gray) é um romance publicado por Oscar Wilde, considerado um dos grandes escritores irlandeses do século XIX. Foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 18901 . Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada como a versão mais tarde por Ward, Lock e Company em abril de 1891.
O romance, de forte cariz estético, conta a história fictícia de um homem jovem chamado Dorian Gray na Inglaterra aristocrática e hedonista do século XIX, que torna-se modelo para uma pintura do artista Basil Hallward. Dorian tornou-se não apenas modelo de Basil pela sua beleza física (um "Adônis que se diria feito de marfim e pétalas de rosa"), mas também tornou-se uma fonte de inspiração para outras obras e, implicitamente no texto, uma paixão platônica por parte do pintor. Mas o seu retrato, que Basil não quer expôr por ter colocado "muito de mim mesmo", foi sua grande obra-prima.




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1984 é um romance distópico clássico do autor inglês Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudônimo de George Orwell. Terminado de escrever no ano de 1948 e publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. A história narrada é a de Winston Smith, um homem com uma vida aparentemente insignificante, que recebe a tarefa de perpetuar a propaganda do regime através da falsificação de documentos públicos e da literatura a fim de que o governo sempre esteja correto no que faz. Smith fica cada vez mais desiludido com sua existência miserável e assim começa uma rebelião contra o sistema.
O romance se tornou famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como "Big Brother", "duplipensar" e "Novilíngua" entraram no vernáculo popular. O termo "Orwelliano" surgiu para se referir a qualquer reminiscência do regime ficcional do livro. O romance é geralmente considerado como a magnum opus de Orwell.




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A República (em grego: Πολιτεία, transl. Politeía) é um diálogo socrático escrito por Platão, filósofo grego, no século IV a.C.. Todo o diálogo é narrado, em primeira pessoa, por Sócrates. O tema central da obra é a justiça.
No decorrer da obra é imaginada uma república na cidade de Calípole, Kallipolis, que significa "cidade bela".
O diálogo tem uma extensão considerável, articulada pelos tópicos do debate e por elementos dramáticos, muitos dos tópicos foram retirados propositalmente da obra, por isso, não dando a consistência Real da obra de Platão, que é notável, escrita em contínuo por Aristóteles, identificando esse último como Monarquia dos Justos, segundo M. H. Simonsen. Exteriormente, está divido em dez livros, subdividida em capítulos e com a numeração de páginas do humanista Stéphanus da tradição manuscrita e impressa, em diversas linguas.
A ordem da cidade é uma incorporação na realidade histórica da ideia do bem, o agathon. A incorporação deve ser levada a cabo pela pessoa que contemplou o agathon e deixou que a sua consciência fosse ordenada pela visão, o filósofo. Na parte central do diálogo, Platão trata do governo dos filósofos e da visão do Bem, na famosa Alegoria da Caverna.





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A Ética demonstrada à maneira dos geômetras (ou apenas Ética) é a obra-prima do filósofo holandês de origem portuguesa Baruch de Spinoza. Dividida em cinco partes, a obra parte da metafísica para chegar à ética. Na Primeira Parte se trata do ser, na Segundo do homem, na terceira dos afetos, na Quarta da servidão humana, e na Quinta da liberdade.
Spinoza rejeita e refuta as explicações do mundo com base no finalismo ou no idealismo, em todas as suas versões medievais, modernas e contemporâneas. As causas finais não passam de ficções, projeções antropomórficas sobre a realidade. Sequer as ações humanas explicam-se por causas finais, mas tão-somente pelas causas eficientes que articulam as coisas singulares. Não há plano divino, decretos de providência, sistema moral, ordem supra-real, nenhum modelo de dever-ser que possa ser aplicado sobre o plano do ser — que é o plano de imanência absoluta. Mais do que um engodo teórico ou artigo de fé, o mundo das causas finais — grego, cristão, iluminista ou constitucionalista — é um instrumento para submeter o homem à obediência e ao controle, tentando provar-lhe que é menos livre do que pode ser e, assim, querendo que seja menos homem do que é.




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A Divina Comédia (em italiano: Divina Commedia, originalmente Comedìa e, mais tarde, denominada Divina Comédia por Giovanni Boccaccio)1 é um poema de viés épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso.
O poema chama-se "Comédia" não por ser engraçado mas porque termina bem (no Paraíso). Era esse o sentido original da palavra "comédia", em contraste com a "tragédia", que terminava, em princípio, mal para os personagens. Não há registro da data exata em que foi escrita, mas as opiniões mais reconhecidas asseguram que o Inferno pode ter sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e, por último, o Paraíso, de 1313-1314 a 1321 (esta última data coincide com a morte de Dante ).
O poema - talvez, o maior do Ocidente - descreve uma viagem onde se sucedem diversos acontecimentos. Sua força está na riqueza das alegorias, que tornam o relato atemporal.
Dante escreveu a "Comédia" - um poema de estrutura épica, com propósitos filosóficos - no seu dialeto local, o florentino, que é uma variedade do toscano. O poeta demonstrou que o florentino (muito próximo do que hoje é conhecido como língua italiana), uma língua vulgar (em oposição ao latim, que se considerava como a língua apropriada para discursos mais sérios), era adequado para o mais elevado tipo de expressão, estabelecendo-o como italiano padrão. De fato, é a matriz do italiano atual.
Grandes pintores de diferentes épocas criaram ilustrações para a Divina Comédia, destacando-se Botticelli, Gustave Doré e Dalí.
A Divina Comédia é a fonte original mais acessível para a cosmovisão medieval, que dividia o Universo em círculos concêntricos. A obra moderna mais conhecida a respeito dessa cosmovisão é The Discarded Image, de C. S. Lewis, ilustrada por Gustave Doré.




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De Optimo Reipublicae Statu deque Nova Insula Utopia (em português, Sobre o melhor estado de uma república e sobre a nova ilha Utopia) ou simplesmente Utopia é um livro de 1516 escrito por Tomás Moro (Thomas Morus 1480-1535). Escrito em latim, foi sua principal obra literária e tornou-se sinônimo de projeto irrealizável; fantasia; delírio; quimera; lugar que não existe, dando uso mais amplo do então neologismo "utopia".
Livro primeiro
Estrutura as questões analisadas no livro segundo
Primeiro diálogo Discutem:
• Algumas decisões que afectam a Europa; • Tendência dos reis para começar as guerras (em consequência gastam muito dinheiro) • Discutem o julgamento que dão ao roubo • Revela os problemas das “enclousers” e por consequência a pobreza e as mortes provocadas pela fome (a quem são recusadas terras) • More tenta ainda convencer Rafael Hitlodeu a encontrar trabalho na corte como Conselheiro. Apesar de portador de grande sabedoria, Rafael recusa referindo que a sua visão é demasiado radical e não seria ouvido. Os jovens cedo seriam infectados com corrupção e más opiniões. • More contempla o papel dos filósofos no trabalho de situações reais.





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