terça-feira, 10 de março de 2015

NEM SEMPRE ADAPTAÇÃO DE QUADRINHO É EFICIENTE





Considerando apenas os filmes que foram realizados no século XXI (até porque, criticar os antigos filmes de personagens dos quadrinhos é covardia), há algumas películas que não se adequam aos novos moldes de superprodução caprichada, que costumamos acompanhar desde o primeiro X-MEN.

Nesse rol de obras que impressionaram o público, há os que deixaram a desejar, apesar de fazerem parte de uma nova safra de películas que estão bem acima da média na atual Hollywood.

Talvez porque estejamos mal acostumados –por termos visto a trilogia BATMAN, por exemplo; ou OS VINGADORES e outros da fase 1 e 2 da Marvel –ou porque os filmes não sejam dignos do momento que o cinema inspire.

Fato é que os que estão na lista decepcionaram, de um jeito ou de outro, mas que não prejudicaram o vitorioso projeto das adaptações da nona arte para a telona. Eis os “indicados”:



HULK – Filme de 2003, dirigido pelo renomado diretor taiwanês Ang Lee, foi uma sonora decepção. Estrelado por Eric Bana, o Hulk  de Lee teve um orçamento de US$ 137 milhões e uma bilheteria mundial de US$ 245 milhões;  se enveredou mais pelo psicodrama, do que a ação em si. Resultado: não agradou nem crítica, nem público. Mas não foi o desastre que pintaram por aí. Apenas poderia ser melhor.





ELEKTRA -  é um filme de 2005 de ação-aventura dirigido por Rob Bowman, com o roteiro de Raven Metzner, Zak Penn e Stu Zicherman, baseado na história de Zak Penn e na personagem criada por Frank Miller. Achando que sua performance no seriado ALIAS era empolgante, os produtores convidaram Jennifer Garner para o papel da mercenária. Erraram feio. Bowman, acostumado a dirigir alguns dos melhores episódios de ARQUIVO X e a adaptação de 1998 para o cinema, não conseguiu acertar a mão desta vez.






HOMEM DE FERRO 3 – Talvez soe como heresia criticar um filme da saga de Tony Stark. Principalmente se compararmos a outros filmes do gênero. Mas o certo é que não vingou o projeto. O fato de Robert Downey Jr. ter um número definido de participações no universo cinematográfico da Marvel, não deveria ser desculpa para fazer algo que não tivesse a qualidade dos dois anteriores. A começar pelo vilão de mentirinha. Nos quadrinhos, Mandarim é cruel, sanguinário e já levou à lona o Homem de Ferro várias vezes. Portanto, desperdiçaram um personagem com conteúdo. Mudaram também a direção do filme, o que significa muito; parece até que acompanhamos um videoclipe do herói.  Até a cena pós-créditos, uma das marcas registradas da Marvel, é decepcionante. De positivo, a tentativa de humanizar o personagem, sofrendo as consequências do ocorrido em OS VINGADORES. Ao menos, não foi um estrago tão grande, ao ponto de comprometer a fase 2 da Marvel.





X-MEN 3 – O primeiro é muito bom; o segundo, por apresentar mais personagens e se manter na mesma toada do original, também mantém o interesse. Mas a parte 3 destoa. Talvez porque tivessem prazo para  finalizar a saga, não há a mesma pegada das duas produções anteriores.






LANTERNA VERDE - Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um audacioso piloto de aviões que foge de qualquer responsabilidade.  Um dia, a vida de Hal muda ao ser envolto em uma redoma verde e levado até um alienígena prestes a morrer, chamado Abin Sur (Temuera Morrison). O extraterrestre lhe entrega um estranho anel e diz que ele foi escolhido, além de alertar sobre as responsabilidades de possuí-lo. Ao usá-lo Hal torna-se o Lanterna Verde. 
Nem tanto pelos efeitos, mais pelo roteiro e a direção equivocados. A escolha de Reynolds para o papel principal também não é das mais felizes. Talvez a ideia fosse a mesma da Marvel: escolher um ator de renome para legitimar o filme e cair nas graças do público. Deu certo com Downey Jr. Mas  a ideia da DC, não funcionou. Resultado: bilheteria insatisfatória, e a possível continuação (quase obrigatória em casos como esse) suspensa, até segunda ordem.






DEMOLIDOR – A história do Home Sem Medo poderia render um excelente filme. Sua trajetória, permeada de desgraças pessoais, daria um roteiro interessante. Afinal, assim como o HOMEM ARANHA, o Demolidor também é forjado na tragédia. Mas, novamente a escolha equivocada de elenco atrapalha. Ben Affleck parece entediado no papel. Direção e roteiro, pouco inspirados. Erroneamente optou-se por não contar a origem do herói. Começa-se a produção com o “bonde andando” e, como tudo surgiu, apenas em um ou outro flash back.
Com a inclusão dos personagens clássicos (o Rei do Crime, o Mercenário e até de Elektra), a coisa tinha tudo pra decolar. Só que não.






MOTOQUEIRO FANTASMA 2 - Em Motoqueiro Fantasma: O Espírito da Vingança, Johnny Blaze (Nicolas Cage) está escondido no leste europeu, tentando encontrar uma maneira de controlar sua maldição. Mas lá ele é encontrado por um culto, que o recruta para enfrentar o diabo (Ciaran Hinds), que pretende encarnar no corpo de um garoto, Danny Ketch, no dia do aniversário do menino.
O primeiro é até legal. Os efeitos seguram o filme. Mas passado o efeito novidade, a continuação se torna maçante. Cage sem empolgar e a direção idem, na mesma data. Isso fez da produção uma decepção. Os produtores tinham intenção de ampliar a franquia, mas até agora, nada de oficial.






HOMEM ARANHA 3 – A bem sucedida saga do Cabeça de Teia esbarrou nessa continuação que patina no roteiro confuso, com vários vilões e com resultado decepcionante.
Rumores dizem que as filmagens começaram sem um roteiro concluído. Se for verdade (e parece que é) ficamos apenas e tão somente com os efeitos visuais, que são fantásticos. Mas muito pouco para um filme que era aguardado com muita ansiedade. Essa foi uma das razões por terem feito um ‘reboot’ tão cedo do personagem.






QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO – Pode-se dizer que a continuação é uma boa “Sessão da Tarde”. Nada além disso. Não há carga dramática, nem confrontos mirabolantes. O que se salva é o Surfista, personagem favorito do criador do universo Marvel, o titio Stan Lee. Quem acompanha as HQs sabe do potencial que elas oferecem. De repente rola até um filme solo dele, no futuro. O filme, em si, não é ruim. Só não está a altura do grupo que é precursor da revolução que foi o trabalho de Lee/Jack Kirby/Steve Dikto.






X-MEN ORIGENS – WOLVERINE - O comandante William Stryker (Danny Huston), está envolvido em alguns componentes no projeto Arma X, um experimento ultra-secreto. Entre eles está Logan, que precisa ainda lidar com o desfecho de seu romance com Raposa Prateada (Lynn Collins). Apesar de sermos apresentados ao polêmico Deadpool (personagem dos quadrinhos que a molecada adora), o filme não agrada. A comparação com os anteriores da franquia é inevitável. Só começam a melhorar com WOLVERINE –IMORTAL e em DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO. A sorte é a importância do herói para o Universo dos X-Men. Seja nos quadrinhos, seja na telona, Wolverine é o preferido dos fãs. E isso é mais do que suficiente para manter a atenção.






 A MULHER GATOPatience Phillips (Halle Berry) é uma tímida artista plástica que trabalha em uma empresa de cosméticos. Quando Patience acidentalmente descobre um segredo da empresa em que trabalha, ela se vê envolvida em uma conspiração corporativa que sequer imaginara até então. O que acontece a seguir transformar Patience para sempre, fazendo com que ela ganhe a força, agilidade, velocidade e sensibilidade de um gato. Com seus novos poderes e a recém-ganha intuição felina, Patience se torna a Mulher-Gato.

 Por onde começar a lista de equívocos do filme...Talvez pela origem não ser a dos quadrinhos, nem mesmo o nome da personagem foi mantido. A trama também prejudica a produção. A maravilhosa Halle Berry segura a onda nas cenas de ação (onde sua sensualidade aflora), mas de resto, pouco salva o filme. Uma das mais criticadas adaptações de um personagem dos quadrinhos ao cinema, Mulher Gato tem vaga cativa na nova série GOTHAM, aí sim, mostrando seu início na vida criminosa, sem sair muito de suas origens.






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